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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Recife: A terra das mulheres

Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Grande Recife, a proporção é de 100 mulheres para 85 homens, a menor razão de sexo entre regiões metropolitanas das capitais do país. A maior razão foi encontrada em Curitiba, sendo 94,6 homens para cada 100 mulheres.
A pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais 2010 também apontou que as mulheres estão deixando para ter filhos mais tarde (quanto mais anos de escolaridade, mas adiado fica o plano da maternidade) e que o número de casamentos subiu. Em Pernambuco, 86,1% dos solteiros se casaram em 2008, período em que a análise foi feita.
Raio-x dos brasileiros

Elas sobram...

As mulheres dominam o país. A proporção é de 100 delas para cada 94,8 homens. Culpa da mortalidade masculina em ascensão. No Recife, elas são soberanas: a cada centena de pessoas, eles são 85.

.. e todos envelheceram
A participação de idosos na população cresceu de 6,4 milhões, em 1999, para 9,7, no ano passado. Fenômeno inverso à presença de crianças e adolescentes - a porção dos mais novos caiu de 40,1%, no fim da década passada, para 32,8%, em 2008.

Longa vida às mulheres!
A esperança de vida delas é superior à dos homens em quase 12 anos. As mulheres chegam aos 77 - antes alcançavam 73 - enquanto os machos vivem 69,4 - contra 66,3, em 1999. Longevidade também para os bebês: a mortalidade infantil caiu de 31,7% para 22,5% no período.

Mais estudo, menos filhos...
Mulheres com mais tempo de escolaridade na bagagem têm menos filhos. Aquelas com oito ou mais anos de instrução têm taxa de fecundidade de 1,68. Abaixo disso, o índice fica em 3,19. Nas últimas décadas, as mulheres têm cada vez menos crianças.

... e bebês só após a instrução
A idade para ter filhos varia de acordo com os anos de estudo, diz o IBGE. Até 7 anos de escolaridade, a média ficava em 25,2 anos. Depois disso, subia para 27,8

Educação
Mais gente nas escolas
A frequência escolar no pré-escolar subiu 23,3% para 38,1% em dez anos. Na faixa de 6 e 14 anos, praticamente todas as pessoas frequentavam a escola. Resultado construído ao longo das últimas duas décadas

Mas os adolescentes...
Na fatia dos estudantes entre 15 e 17 anos, metade está fora da série escolar adequada à idade. Situação é mais crítica no Norte e no Nordeste do país, onde a média de adolescents no ensino médio não alcançou o percentual do Sudeste verificado em 1999

Universidades mais cheias
Quantidade de estudantes matriculados no ensino superior cresceu de 22,1% para 48,1% entre 1999 e 2008.

Letras descobertas...
Taxa de analfabetismo da população acima dos 15 anos de idade caiu de 13,3% para 9,7% em uma década. Mas 14,1 milhões de pessoas ainda desconhecem como ler ou escrever. Os idosos são os mais desprovidos de alfabetização: representam 42,6%.

... mas desiguais
Embora os índices de analfabetismo tenham sofrido redução, eles refletem uma desigualdade entre o grupo de negros e pardos e o de brancos. Mais de 25% do primeiro não sabe ler ou escrever. No segundo, o percentual é de 15%. Brancos têm 8,4 anos de estudo contra 6,7 de negros e pardos

Dinheiro e educação, tudo a ver
O levantamento do IBGE constatou que a possibilidade de frequentar níveis avançados de estudo depende do rendimento. No recorte de 18 a 24 anos, a diferença de participação entre pobres e ricos beira os 26%

Aulas na seca
Falta água potável para 10% dos alunos da educação básica do país. São 5,2 milhões de alunos sem o direito de sentir sede enquanto estão no ambiente escolar

Trabalho
Dinheiro tem cor...
Pretos e pardos recebem bem menos. Em geral, eles ganham 57% do que é pago aos brancos. A diferença, no entanto, sofreu uma redução na última década. Em 1999, o índice ficava em 48%

... e sexo
O salário das mulheres é inferior ao dos homens, registrou o IBGE. Elas ganham apenas 70,7% do que eles recebem. No mercado informal, esse número sobe para 74%.

Em casa, elas penam
O trabalho doméstico continua a ser uma atividade majoritariamente exercido por elas. Somente 7% dos homens ajudam nos afazeres da casa, de acordo com o IBGE.
Informações: Diário de Pernambuco

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